Setembro Amarelo: é importante cuidar da saúde dos médicos
A campanha Setembro Amarelo surgiu da necessidade de dialogar abertamente sobre a questão do suicídio. Nunca se falou tanto sobre os cuidados com a saúde mental e como é importante atentar para as doenças correspondentes.
Na área da saúde, os médicos enfrentam diversos desafios, exigindo controle emocional e muitas vezes a ocultação dos próprios sentimentos. O profissionalismo fala mais alto, mas é de extrema importância criar ações preventivas.
O objetivo deste post é aproveitar a abordagem do Setembro Amarelo e falar do impacto positivo de uma campanha como essa. Continue lendo e veja dicas de como cuidar da saúde mental dos médicos para que eles possam cuidar dos seus pacientes!
O que é a campanha Setembro Amarelo?
A campanha Setembro Amarelo surgiu em 2014 a partir da necessidade de criar ações preventivas de combate ao suicídio. É um mês com diversas ações desenvolvidas para conscientizar a população e minimizar as estatísticas.
O suicídio, muitas vezes, é incompreendido por quem não consegue assimilar o porquê de alguém optar pelo autoextermínio. Acontece que até chegar à decisão extrema, um longo caminho de dor e angústia já foi percorrido, muitas vezes, silenciosamente.
A campanha traz à tona o quanto é fundamental atentar aos sinais, emitidos gradativamente e imperceptível. O desencadeamento pode ter origem em um quadro inicial de depressão ou na mudança repentina do comportamento.
O que muitos enxergam como atitudes para chamar a atenção, pode ser um grito desesperado de socorro. Quem comete o suicídio não deseja matar a vida, mas a dor que teima em dominar a mente.
Os meses coloridos têm como objetivo alertar, prevenir, educar e orientar as pessoas sobre a importância de cuidar da saúde. Em cada mês, uma temática é abordada a fim de esclarecer sobre a conduta em relação a comportamentos e doenças.
A lista é completa, sendo que há alguns com mais de uma cor de referência:
- Janeiro Branco – saúde mental;
- Fevereiro Roxo – Alzheimer;
- Fevereiro Laranja – combate à leucemia;
- Março Lilás – câncer do colo do útero;
- Março Azul-marinho – câncer colorretal;
- Abril Azul – autismo;
- Maio Roxo – doenças inflamatórias intestinais;
- Julho Amarelo – hepatites virais;
- Agosto Laranja – esclerose múltipla;
- Setembro Amarelo – combate ao suicídio;
- Outubro Rosa – câncer de mama;
- Novembro Azul – câncer de próstata;
- Dezembro Vermelho – HIV;
- Dezembro Laranja – câncer de pele.
Embora a campanha Janeiro Branco tenha um foco direcionado à saúde mental, o Setembro Amarelo vai além. Muitas doenças e comportamentos, como a depressão e o ato de tirar a própria vida, têm origem nos transtornos da mente.
Como a campanha pode ajudar na saúde mental dos médicos?
É importante salientar que qualquer pessoa pode sofrer desgastes e ter a saúde mental comprometida. Os motivos são muitos, que vão desde o excesso de trabalho a um acontecimento circunstancial da vida.
Antes de médicos, os profissionais da saúde são humanos e, como tal, têm vida privada e sofrem como qualquer outra pessoa. Embora se preparem para cuidar da saúde dos outros, se tornarem pacientes é mais comum do que se imagina.
Os acontecimentos recentes, como o da pandemia da Covid-19, conduziram diversos profissionais à exaustão em seus plantões dobrados. Levará um longo tempo até se poder afirmar que esses profissionais estão plenamente recuperados.
É por isso que o Setembro Amarelo requer uma dedicação maior das clínicas, hospitais e demais estabelecimentos de saúde. As ações instituídas podem estimular os médicos que se sentem afetados e com a saúde mental abalada a procurarem ajuda.
Muitos talvez nem percebam que estão emocionalmente desgastados. Durante a campanha, podem se identificar dentro de um ou mais sintomas. O tema, quando abordado da forma correta, acende o alerta e faz refletir sobre a origem de sentimentos ruins.
Como identificar e tratar a saúde mental em desequilíbrio? Dicas para cuidar dos médicos da sua clínica
A clínica, como empresa, deve ter o compromisso com o bem-estar dos profissionais, sejam eles empregados, sejam prestadores de serviços. Os médicos são essenciais para manter o negócio ativo e o bom atendimento por tornar a clínica uma referência.
Para isso, é preciso que eles estejam bem, com a saúde mental em dia e preparados para lidar com os problemas dos pacientes. Selecionamos 3 ações para colocar em prática durante a campanha e manter no dia a dia!’
1. Promova a integração entre os membros da equipe
Os momentos de descontração no ambiente de trabalho promovem integração e ajudam a restaurar a energia. O esgotamento mental pode levar ao silêncio e ao isolamento, dando lugar a pensamentos negativos, além do perigo de se tornarem mais graves.
As conversas e trocas de vivências podem ajudar, especialmente, quando no grupo existem aqueles que enxergam a vida com bom humor. Eles, instintivamente, vão contagiar o espaço e, quem sabe, influenciar positivamente.
2. Dê atenção aos sinais físicos e emocionais
Um médico com a saúde mental afetada pode demonstrar sinais de desgaste, com alterações do humor ou reações físicas intempestivas. O estresse emocional ou a depressão sinaliza por meio de algumas características:
- alterações do humor;
- pouco cuidado com a aparência;
- dificuldade de concentração;
- irritação recorrente;
- esgotamento físico.
Esses elementos servem de alerta de que algo não vai bem e que pode comprometer o trabalho e a relação com os pacientes. Aproveite a campanha para abordar o assunto e levar o profissional a repensar seu estilo de vida.
3. Estimule a prática de atividades físicas
Muitos médicos têm longas jornadas, com plantões em hospitais e nas clínicas, causando uma sobrecarga no corpo e na mente. A prática de atividades físicas libera hormônios importantes como a endorfina — responsável pela sensação de bem-estar.
Com os neurotransmissores, os hormônios, quando exercitados, ajudam na regulação do sono, da digestão e dos estados de relaxamento e felicidade. Os médicos, como humanos, também acumulam energia e os exercícios são uma boa válvula de escape.
Muitos suicídios podem ser evitados com o Setembro Amarelo e um olhar preventivo para os indícios apresentados no comportamento humano. Aproveite as ações idealizadas e adapte à realidade da sua clínica ao perceber que um ou mais médicos precisam de ajuda.
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