Dicas úteis sobre descarte de lixo em clínica médica

Dicas úteis sobre descarte de lixo em clínica médica

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O descarte de lixo em clínica médica demanda cuidados, uma vez que pode conter material infectado e apresentar risco à saúde pública. Procedimentos de reciclagem e destinação correta evitam problemas futuros e colaboram para o meio ambiente.

Segundo a Anvisa, o lixo hospitalar deve ser separado em grupos e descartado de forma segura. A quantidade de resíduos gerados diariamente é grande, por isso, a importância de criar um sistema que seja prático e eficiente.

Neste post, vamos falar por que é importante descartar corretamente o lixo gerado na clínica e quais são as regras desse processo. Continue lendo e veja dicas de reciclagem e descarte para implantar na sua clínica médica!

Qual a importância do descarte correto de lixo em clínica médica?

Deixar de destinar o resíduo de material usado nos consultórios e laboratórios conforme as normas é grave. Além da propagação de doenças, o lixo hospitalar pode causar sérios danos quando em contato direto com o meio ambiente.

A conscientização de que o lixo em clínica médica pode comprometer tanto a saúde dos colaboradores e pacientes quanto a imagem da unidade é o caminho para fazer o descarte correto — um erro pode gerar sérios problemas e prejuízo para o negócio.

Os programas de coleta seletiva e descarte de resíduos têm um peso ainda maior quando se trata do lixo hospitalar. A responsabilidade é grande e a clínica pode ser penalizada caso se detecte falhas no processo de descarte e destinação desse lixo.

A falta de cuidado pode colocar a perder todo o esforço para tornar a clínica uma referência de qualidade, segurança e excelência no atendimento. Implementar um processo de coleta, separação e descarte do lixo produzido na sua clínica será mais fácil e barato do que perder a credibilidade dos seus pacientes.

Quais as regras de descarte?

Os serviços prestados em uma clínica médica geram uma infinidade de resíduos usados com finalidades diferentes. Ao final do dia, o lixo produzido contém material de descarte, muitas vezes com contaminação biológica, como luva, bisturi e agulha.

Para evitar acidentes e contaminação por vírus e bactérias, os resíduos devem ser separados em grupos e preparados para um descarte seguro. Atenta a esses perigos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu regras de âmbito nacional sobre o acondicionamento e tratamento do lixo hospitalar.

Segundo o órgão, as normas de descarte devem ser seguidas rigorosamente por hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios, necrotérios e demais estabelecimentos de saúde.

Com isso, foram criados 5 grupos com classificações para os resíduos hospitalares e orientações sobre o descarte:

Grupo A — resíduos perigosos (bactérias, vírus e fungos)

Apresentam risco de infecções, incluindo os resíduos com fluido orgânico como secreção, urina, sangue, cateteres.

Eles devem ser acondicionados em saco plástico de cor diferenciada (branca ou vermelha), com descarte em lixeira de material resistente.

Grupo B — resíduos químicos (reagentes usados em laboratórios, antibióticos e materiais de limpeza)

Podem colocar em risco a saúde e o meio ambiente, independentemente de suas características corrosivas, inflamáveis, de reatividade e toxicidade. 

Devem ser descartados em recipientes sólidos que envolvam todo o conteúdo.

Grupo C — materiais com radioatividade (usados em medicina nuclear e radioterapia)

Os materiais com radioatividade em nível acima do padrão e que não podem ser reutilizados devem ter descarte correto.

Para isso, um profissional específico deve conduzir o processo de tratamento e descarte dos resíduos. Os materiais devem ficar em recipientes compatíveis com o tipo de substância, com destaque na identificação de resíduo radioativo.

Vale destacar que as atividades envolvendo os resíduos radioativos devem estar conforme a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Grupo D — resíduos comuns (gesso, papel, gaze e luva)

São produtos que não apresentam risco químico, biológico ou radioativo nem provocam acidentes graves e que podem ser reciclados.

Eles devem ser descartados em recicláveis e não recicláveis. No primeiro caso, há uma divisão em lixeiras de cores diferentes (papel, plástico, metal, vidro e orgânico). Já no segundo, geralmente, os materiais são colocados em lixeira cinza.

Grupo E — objetos e instrumentos perfurocortantes (lâmina, agulha, ampola de vidro e bisturi)

O descarte desses materiais são feitos em recipientes rígidos e resistentes a furos, rupturas ou vazamentos. Além disso, devem ter tampa e identificação com o símbolo internacional de risco biológico.

As seringas devem ser descartadas com as agulhas, sem serem reencapadas, e os recipientes quando atingirem dois terços de sua capacidade.

Como fazer um descarte adequado? Dicas para eliminar o lixo hospitalar com segurança 

O conhecimento sobre os grupos de resíduos e o modo como devem ser descartados é fundamental para uma prática segura e saudável dentro da clínica. Esse é o primeiro passo para estar em conformidade com os órgãos reguladores e contribuir para a preservação da saúde humana e do meio ambiente.

Veja algumas dicas para adequar o descarte de lixo na sua clínica médica!

1. Crie um sistema de separação de resíduos

Essa é uma etapa essencial para que o descarte ocorra de maneira correta e em total segurança. Ao depositar os materiais nos recipientes já devidamente identificados, além de poupar tempo, reduz o risco de contaminação por manuseio inadequado.

Cada resíduo terá o lugar apropriado e será rapidamente desprezado após o uso, evitando o contato com pessoas e superfícies. O descarte final será mais fácil, com as embalagens sendo direcionadas conforme as orientações previstas pela Anvisa.

2. Implemente a cultura da reciclagem

No grupo D, estão materiais e resíduos que podem ser reciclados, o que é uma conduta positiva e apreciada em muitos sentidos. Além de contribuir para o meio ambiente e mostrar que a clínica tem um compromisso social e ambiental, a reciclagem reduz o lixo.

Boa parte dos resíduos gerados nos consultórios e área de exames pode não apresentar riscos de contaminação. Considerando que cerca de 4% de todo o lixo produzido no Brasil é composto por resíduos hospitalares, a reciclagem é uma prática que deve ser aprimorada, implementada e divulgada como uma ação positiva.

Atuando junto à Anvisa está o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Ele exige pessoas capacitadas e práticas eficientes no tratamento e destinação do lixo produzido com os resíduos usados na área da saúde.

3. Controle o uso de insumos e materiais

Ter um sistema de controle de estoque pode ajudar a reduzir o uso de materiais e conter os desperdícios. Entre agulhas, gazes e seringas, é preciso monitorar se esses materiais são mesmo utilizados ou geram um lixo desnecessário.

O controle de saída, com identificação do solicitante e motivo de uso, ao passo que monitora os gastos, reduz custos. Com o suporte da tecnologia na automatização desse processo, o gestor terá mais segurança para identificar os materiais mais utilizados e a qual grupo pertencem.

Se sua clínica ainda não tem um sistema eficaz de processamento do lixo gerado, comece por essas dicas. Ao demonstrar o compromisso com o bem da saúde coletiva e preservação do meio ambiente, sua unidade pode se tornar referência e atrair cada vez mais pacientes.

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